A pintura deve ser encarada como realmente é: ciência complexa.
Os grandes mestres como Leonardo da Vinci, Rembrandt, Velásquez, Rubens, Sargent, e artistas como: kandisnk, picasso e tantos outros se preocupavam com a pintura, não apenas com o fato de colocar tintas em uma base plana, mas nas investigações aos aspectos da luz e das sombras, do desenho, da perspectiva e suas relações; no objetivo da compreensão da vida e do sistema que nós vivemos.
O fato de entender a cor superficialmente não faz de uma pessoa um verdadeiro artista.
Devemos buscar conhecimentos para criar a síntese psicológica que mais traduz a expressão do realismo ou não realismo.Muitos trabalhos feitos de maneira grosseira exagerando o colorido parecem ser bonitos à vista de quem não compreende; logicamente que o colorido é muito bonito, e o artista que sabe trabalhar com valores, certamente o trabalho fica muito bom. O problema é que muitos ditos artistas sacrificam sua pintura por falta de conhecimento ou ao que considera um belo colorido; ingênuos. Suprimem seus próprios espíritos. Sombras quase impercebíveis; menosprezam a arte, não porque gostariam, mas por falta de instrução correta; muitos, nem por culpa do professor, mas pela pressa desenfreada a qual muitas das vezes, o leva à desistência. Pinturas muitas das vezes sem seus devidos relevos, perspectivas distorcidas, sombras incorretas; afastando-se da semelhança ao realismo ou a boa representação artística; expressão inexpressiva. Seus espíritos então inertes, inconscientes, pois mesmo a arte abstrata (Velha Figuração), que é bem mais simples, o artista deve tomar cuidados, afim dessa pintura ser agradável. Nós artistas realistas fazemos partes de um novo processo de consciência artística; não temos vergonha de admitir que os grandes mestres deixaram muitas coisas prontas, para apenas darmos pequenos avanços. Através dos conceitos e dos elementos do real, podemos buscar novas possibilidades, inserindo nesse contesto não ao retrógrado; sim a busca presente de nós mesmos; e ao futuro a fim de sairmos desse caos quase generalizado. As escolas vanguardistas tentam explicar a falta de estudo (prática e técnica) com muitas explanações; as escolas acadêmicas muitas das vezes não aparecem, com a força e vigor que tem e urgência desenfreada de muitos aprendizes. Tudo isso torna difícil o ensino e aprendizado, mas acredito numa renovação do pensar, e neste contexto nós artistas realistas e dúvida somos o caminho seguro. Caminho válido e sólido da verdadeira expressão da arte contemporânea. Caminho que nos possibilita realizar toda e qualquer expressão artística. Esta proposta traz nova concepção através dos conceitos universais, os quais nos levam ao domínio técnico que é a verdadeira capacidade de expressão e liberdade, onde a síntese da beleza, não necessariamente deva estar só na complexidade relatada pelo artista; embora seja inegável o desafio que é para o artista um trabalho nesse parâmetro, como também na forma como se percorreu para alcançar um bom resultado. Dentro desse contexto gostaria de citar alguns nomes que representam essa consciência: Carmelo Gentil, Marcos Damascena, Gil Pery, Maurício Takiguthi, Paco Sanches, Alexandre Reider, eu J.Gentil Pereira entre outros.