Ancorado

Observação e Treino de forma correta; esse é o principio chave para um bom desenho. Todo conhecimento como luz, sombra, perspectiva, anatomia é valiosíssimo e positivo e mais satisfatório acompanhado por um professor; esse é indispensável. Freqüentemente, lido com situações em que alunos chegam até a dispensar o assunto dizendo: professor eu não preciso ver do natural ou da fotografia porque eu sei como é isso ou aquilo, mesmo porque sou extremamente detalhista!
Bom, todos temos imagens mentais sobre a aparência das coisas; caso contrario, esqueceríamos até da aparência das coisas, dos nossos pais, amigos... Sabemos como é uma cadeia, um paletó, um gato etc. Vezes pós-vezes julgamos essas imagens como sendo exatamente iguais ao original. Ao tentar reproduzir essas imagens você Verá como são fragmentadas, insuficientes; faltam tantos detalhes e até fogem bastante da imagem que você está pensando e um dos grandes problemas se encontra ao pensar em elipses... Leia mais na coletânea: O olhar mais próximo (de minha autoria).
Quando se quer reproduzir um assunto em escorço ou ângulos pouco convencionais pode-se constatar como essas imagens são mais fragmentadas do que se pensa, você se depara em um desenho simples e outro com formas irregulares, com perspectiva bem acentuada (escorço) causando grandes mudanças ou distorções quanto à aparência das formas.
Geralmente ao se deparar com essas formas pouco convencionais, pare, respire, não saia riscando e rabiscando e ainda dizendo está bom; você sabe que algo não bate. Alguns apagam, refazem apagam e refazem (o que pode desanimar). Se pergunte: porque não consigo desenhar essa forma como ela é, como aparece em minhas vistas? A resposta é esta: como aparece em sua vista. Você pode registrar fielmente um objeto sem saber o que está desenhando, sim porque não? Você pode simplesmente agir como o eletro-encefalograma, que vai registrando todas as ondas celebrais sem questionar se estão erradas ou não; só se há variação e quanto.Um desenhista americano Bert Dodson diz que o ato de desenhar pode ser descrito como olhar fixar e coordenar; perceba que não foi empregado pensar você pode ir registrando o que seus olhos percebem e captam, esquecer o que você sabe. Essa experiência visual enriquece e possibilita o desenho autêntico e natural.